A região do Alentejo está situada no Sul de Portugal, representando uma superfície de aproximadamente 27.000 km2 (quase 1/3 do território nacional - Figura 1). Esta localização potencia um perfil de inserção geoeconómica onde se destacam quatro atributos fundamentais:
- proximidade a Lisboa e à sua área metropolitana, garantindo um acesso fácil e rápido à principal concentração de recursos humanos, económicos e institucionais do país e a um importante mercado de consumo final;
- integração num corredor estruturante de conexão terrestre Portugal-Europa, com destaque para a ligação a Espanha, beneficiando da eficácia da rede multimodal de infraestruturas de transporte existente (que será reforçada no curto-médio prazo);
- assumpção plena do estatuto de região europeia, potenciando a exploração dos benefícios decorrentes da sua incorporação numa zona económica e monetária integrada com acesso privilegiado a um mercado comum de dimensão expressiva;
- posicionamento privilegiado perante as cadeias logísticas globais, suportado nas excecionais condições do hub portuário de Sines em matéria de processamento e distribuição de fluxos continentais e intercontinentais de mercadorias.
Figura 1 - Posicionamento Territorial da Região do Alentejo

Fonte: Guia do Investido - Alentejo Investe
A atual rede de infraestruturas de transporte da região caracteriza-se pela qualidade e diversidade das valências modais disponibilizadas, viabilizando boas condições de conectividade externa por via terrestre (rodoviária e ferroviária), marítima e aérea.
Em termos rodoviários, a região é servida por uma rede de Itinerários Principais (IP) e Itinerários Complementares (IC) que asseguram a ligação aos territórios envolventes em boas condições de qualidade e segurança, os quais desempenham também um importante papel ao nível da estruturação interna do território regional. Pela sua relevância específica, interessa aqui destacar:
- IP1, enquanto eixo privilegiado (a par do IC1) de conexão do Alentejo com a Área Metropolitana de Lisboa (a Norte) e com o Algarve (a Sul);
- IP2, enquanto eixo estruturante que atravessa longitudinalmente todo o interior do território regional, ligando as suas principais cidades e estabelecendo uma importante conexão com a região Centro de Portugal;
- IP7 e o IP8 (este em fase de construção), enquanto eixos transversais que asseguram a ligação franca com Espanha e com o restante território europeu.
Figura 2 - Infraestruturas de Transporte da Região Alentejo

Fonte: CCDR Alentejo, Estradas de Portugal e Rede Ferroviária Nacional
Em matéria de infraestruturas ferroviárias, o principal corredor que serve atualmente o Alentejo corresponde à Linha do Sul, a qual desempenha uma função decisiva nas ligações a Norte e a Sul da região. Este corredor encontra-se totalmente eletrificado e não apresenta restrições de carga com significado. Interessa referir que esta Linha desempenha um papel fundamental na conectividade ferroviária do Porto de Sines.
Na restante rede ferroviária da região destacam-se ainda as Linhas do Alentejo e do Leste. A Linha do Leste assegura a ligação ferroviária entre o Sul do país e Espanha, desenvolvendo-se entre a Linha da Beira Interior (que liga à Linha do Norte) até ao troço fronteiriço Elvas-Badajoz. A Linha do Alentejo, o traçado existente desenvolve-se entre a Área Metropolitana de Lisboa (Barreiro) e a cidade de Beja, sendo de referir a bifurcação existente no nó de Casa Branca até à cidade de Évora.
Relativamente à conectividade marítima, o Porto de Sines corresponde uma referência incontornável do Sistema Portuário Nacional, concentrando quase 40% do volume de tráfego movimentado nas infraestruturas portuárias do país. Trata-se de uma infraestrutura de águas profundas que permite a operação dos maiores navios existentes e projetados sem restrições de calado.
Finalmente, interessa destacar a recente entrada em serviço do Aeroporto de Beja como uma potencialidade adicional de conectividade externa da região, viabilizando neste caso o acolhimento de fluxos de transporte aéreo de passageiros e de mercadorias. Esta infraestrutura foi oficialmente inaugurada em 2011, estimando-se os níveis de capacidade operacional instalada na ordem dos 10 movimentos de aeronaves/hora, 250 passageiros/hora e de 30.000 toneladas/ano.